sexta-feira, 25 de maio de 2012

3ª proposta - ensaio teórico;

imagem 1 infografia amante de instagram


Após a proposta da docente da unidade curricular de DCV para a realização de um ensaio teórico sobre a infografia, decidi escolher esta para a minha reflexão.
 De uma forma simples e geral as infografias servem para transmitir informação. Jornalismo visual, como diria Lester. Desta forma, selecionei esta caricata ilustração para descrever e interpretar. Esta infografia foi realizada com o objetivo de descrever um viciado na ferramenta Instagram. O Instagram é uma rede social do género do Facebook (e pertencente ao mesmo) onde os utilizadores, viciados em fotografia, colocam fotos ao longo do dia e podem divertir-se com a colocação de filtros de modo a deixar a foto mais original. 

Esta infografia pretende caricaturar esses mesmo utilizadores, salientando características muito peculiares destes amantes da arte de fotografar. Após o título "How to spot a Instragam Junkie" temos uma breve explicação, seguida de duas personagens muito destacadas. A expressão "Instagram Junkie" está com um maior destaque do que a expressão "How to spot" visto identificar a temática chave. Uma vez que existem variadas infografias com este tipo de esquema, o "How to spot" é como a todas. 

É interessante notar que os infográficos pretenderam dar visibilidade aos utilizadores, utilizando um homem e uma mulher, ou seja, ambos os sexos e de etnias também diferentes. Desta forma fazem a alusão à representatividade que esta ferramenta tem no dia de hoje, mostrando que qualquer um a usa. Para destacar as características, decidiram colocar a verde (cor também to título) o símbolo do Instagram que se traduz na imagem frontal de uma máquina fotográfica. 

Depois foram destacando curiosidades engraçadas e específicas destes viciados em imagem. A única coisa como em ambas personagens é o telemóvel na mão, pronto a fotografar, uma vez que é fundamental para uma infografia com este tema. Depois, aproveitaram para dispor os restantes elementos em ambas personagens de forma a destacar e salientar o máximo número de características possível. No fim colocaram ainda atrações que cativassem os viciados no Instagram. 

O que mais me cativou nesta infografia (assim em como todas as outras destes infográficos) é o design da mesma, uma vez que é cativante e divertido, não sendo rígido nas formas. Para além disso, esta criação de estereótipos acaba não para ser invasiva e perturbativa, mas sim engraçada, tal como uma caricatura. Os espaços de textos acabam por ter um conteúdo divertido e embora não seja uma infografia com informação "verdadeira e legítima" é algo com que as pessoas se identificam.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

3ª proposta - memória descritiva;

Memória Descritiva

"A infografia é o uso de apresentações gráficas (mapas, tabelas, estatísticas, diagramas...) para comunicar. Aprenda mais sobre as bases desta profissão no seguinte artigo." Alberto Cairo
 
A infografia foi a 3ª proposta apresentada para a unidade curricular de DCV. O nosso projeto prendia-se na ideia de criar uma metáfora informativa sobre um tema à nossa escolha que posteriormente pudesse ser colocado numa revista/jornal online relacionada com o tema da infografia realizada.

Assim sendo, selecionei a famosa atriz norte-americana Meryl Streep para base da minha proposta, recolhendo informação sobre os prémios mais famosos e com mais impacto por ela arrecadados. Por consequente destaquei os Óscares, os Baftas, Cannes e os Emmys.

É importante notar a importância que uma infografia tem atualmente no ciberjornalismo. Uma vez que o leitor se encontra no mundo virtual, a facilidade para mudar de página e procurar informação mais apelativa é imensa. Uma infografia tem essa capacidade: a de levar o olhar do leitor a concentrar-se num quadro figurativo que consiga transmitir informação fiável e interessante de uma maneira agradável e dinâmica. 
Citando Clóvis de Barros Filho "respeitando o imperativo de concentração informativa no início do texto, a infografia permite ao leitor "zapear" em direção a quadro explicativo ou a um boxe sim a sensação de desinteresse pelos últimos parágrafos do texto. Este zapping poderia ter o efeito de remotivar o leitor, posteriormente, ao texto".

Para a construção de uma infografia, após a delimitação do tema e dos elementos a serem mencionados é necessário perceber que tipo de infografia funcionará melhor com o que escolhemos. Para a minha infografia decidi, ao contrário do que habitualmente costumamos ver, colocar a Meryl Streep numa pose mais informal e descontraída, apoiada num móvel, numa estante onde estariam pousados alguns dos seus prémios (os inicialmente escolhidos). Assim e traçada a estratégia a adotar, parti então para a investigação de modo a saber em que anos e com que filmes é que a atriz conseguiu arrecadar as estatuetas. 
A partir daqui, feita a seleção e investigação, comecei a construir a minha metáfora figurativa através das ferramentas Adobe Photoshop e Illustrator.

A infografia encontra-se muito presente nos cibermeios noticiosos e revela-se uma ferramente bastante útil e importante para captara a atenção do público. É usada cada vez mais em veículos jornalísticos e não apenas como forma de entretenimento. 
Segundo autores como Lester, a infografia pode ser definida como jornalismo visual, uma vez que contam "histórias com palavras, imagens e recursos de design e que envolve não apenas habilidade, mas conhecimentos de áreas bastante distintas para a conceção de um produto cada vez mais complexo".
A infografia é atualmente essencial na área do jornalismo devido às suas potencialidades aliadas às características do Jornalismo Online: principalmente ao imediatismo e à multimédia, fundamentais à representação visual da informação.

A infografia por mim realizada, embora não esteja muito rigorosa e complexa, ilustra os prémios mais importantes da atriz norte-americana em diversos espetáculos alusivos ao cinema. A ideia da estante foi de forma a colocar as estatuetas nas múltiplas prateleiras com livros a identificar os filmes e as datas repetivas. As lombas dos livros tiveram uma cor diferente para cada espetáculo.
O quadro onde o título foi inserido é do estilo barroco com uma cor mais neutra para ser identificada com a atriz. O nome da mesma está a dourado fazendo a analogia à cor mãe das estátuas.

Assim, é essencial reter a ideia que o jornalista tem de estar apto para a realização de uma infografia uma vez que cada vez mais as ferramentas web se utilizam para divulgar trabalhos para uma área maior. Pode até ser considerada uma maneira especial de fazer jornalismo mas que cada vez mais está a integrar-se no jornalismo. Lester, uma vez mais, destaque que "jousnalist must be a part of a team. Even before the reporting begins, visual journalists and graphic designers must be involved in discussion about how a story migth be covered".
Em portugal, por exemplo, se nos dirigirmos aos sites noticiosos, visualizamos variadas infografias sobre assuntos atuais (que normalmente se prolongam no tempo e têm uma atualização).
Após a realização da minha infografia, integrei-a numa página online relacionada com o meu trabalho intitulada de "The Hollywood Reporter".

Por fim, penso que a comunicação visual é, deste modo, essencial. "O incentivo ao uso da infografia deveria, portanto, representar um avanço para o jornal e para a formatação plena dos envolvidos e isto implicava em uma participação consciente de todos os atores do projeto"(Machado, Elias e Teixeira, Tattiana, 2010)


3ª proposta - trabalho final;

imagem 1. infografia

imagem 2. infografia no contexto editorial

terça-feira, 17 de abril de 2012

2ª proposta - elementos tipográficos ;


“O que pretendo com esta revolução tipográfica e esta variedade multicromática de letras, é redobrar a força expressiva das palavras”. Marinetti.

Foi-nos proposto pela docente a descrição de uma das fotografias da nossa recolha, com vista a apontarmos os elementos tipográficos presentes.
A tipografia pode ser entendida como uma representação visual da realidade, e El Lissitzky "ressaltou os aspectos visuais e funcionais do uso das letras, palavras e sistemas na comunicação de idéias. Foi um dos primeiros designers a perceber a interdependência e a troca de influências entre a fotografia e o design gráfico. Sua concepção da fotografia como parte integrante da estrutura gráfica fez dele o primeiro designer gráfico a entender que os recursos fotográficos podem eventualmente libertar o layout das rígidas imposições retilíneas".

A fotografia por mim escolhi foi uma imagem comercial do refrigerante B! (Junção do Sumol com a Compal) que achei interessante após saber a simbologia da mesma marca.
Através da imagem notamos que a cor predominante é o roxo, uma cor forte e atrativa, que cativa e capta a atenção dos consumidores, assim como todas as outras garrafas deste produto. A parte de cima da garrafa é de um laranja forte, associada ao apetite. 

Voltando novamente à cor predominante, o roxo, foi escolhido devido ao fruto associado ao sumo, o maracujá. Para além disso ambas cores inspiram algo saudável, uma vez que são cores vivas e fortes.
No que diz respeito à fonte utilizada para a marca, o B! é uma fonte não cerifada e aredondada, que demonstra a não-formalidade da marca. A letra escolhida, o B, "O lado B da vida" significa o inconformismo, a diferença, a atração da vida, a diversão. A boa onde, o querer ser original e contornar as regras: dar uma alternativa ao lado A da vida, ao normal, ao rotineiro. 

O ponto de exclamação a seguir à letra B alimenta os argumentos utilizados anteriormente: o inconformismo, a necessidade de mudança e de reação.
A fonte que indica o sabor da marca também é uma fonte não cerifada, a bold, arredondada que dá a a ideia de ser uma fonte primária com pouco  floreado e dedicação: algo simples, divertido e que passe a mensagem. 

Posso concluir dizendo que há uma coerência entre todos os elementos desta infografia tipográfica.  Revelam todos o mesmo "espírito" fazendo passar uma imagem verdadeira, atual e necessária.

2ª proposta - memória descritiva ;

Perfect typography is certainly the most elusive of all arts. Sculpture in stone alone comes near it in obstinacyJan Tschichold


A tipografia é a arte de comunicar através de letras e símbolos. As letras, às quais não damos a mínima importância. Para nós, apenas servem para constituir as palavras de modo a articularem um texto, coeso e coerente. Mais nada. Mas a verdade é que a tipografia é fundamental para que a nossa mensagem seja bem comunicada: percebida e assimilada.

Para esta segunda proposta da Unidade Curricular de DCV foi-nos proposto pela docente, elaborar uma tipografia (utilização exclusiva de letras, posteriormente palavras) de modo a construir uma imagem pensada e com sentido. Esta tipografia surgiu através da interpretação de um texto, de um poema, de uma notícia, etc.

Com o decorrer das aulas e com o que fui pesquisando na Internet, notei que a forma como as letras são desenhadas, é muito importante, assim como o local onde estas são aplicadas. “Inútil salientar que, no mundo da banca e das transacções de valores, era extremamente importante obter uma fonte que não permitisse erros e cuja leitura automática fosse rápida e eficiente. A letra OCR-B de Frutiger, hoje standard para cartões multibanco, de crédito e similares, é lida facilmente tanto por seres humanos” (Lassada, Gustavo, 2007) De facto, uma letra demasiado florida não seria conveniente para uma situação tão normal como esta, visto que faz parte do nosso dia-a-dia.

Assim, decidi recorrer a um texto pequeno para que pudesse estender e trabalhar o máximo de palavras que conseguisse. O texto, foi o seguinte: “Promise yourself to be strong that nothing can disturb your peace of mind. Look at the sunny side of everything and make your optimism come true. Think only at the best, work only for the best and expect only the best. Forget the mistakes of the past and press on the greater achievements of the future.

Com este pequeno texto, tive a possibilidade de utilizar o maior número de fontes que pude. Sim, as fontes são o mais importante quando queremos transmitir uma mensagem, uma vez que a credibiliza e a sustenta. As fontes, serifas ou não, de caixa alta ou de caixa alta, pretende traduzir impressões e imagens diferentes acerca da frase que representam. No meu texto decidi utilizar o máximo de fontes que podia, utilizando cerifadas e não cerifadas, de caixa alta e de caixa baixa. Tentei adaptar cada palavra a uma fonte, à que eu achava que mais de identificava de forma a exprimir uma ideia, criando uma identidade. As fonte utilizadas variaram imenso, desde a Tunga à CordiaUPC, passando pela Verdana e pela Gisha.

O meu projeto tem como o propósito traduzir um balão de ar quente que parte em viagem. Leva e procura encontrar ambientes e rostos todos diferentes. Procura a variedade, a emoção, a diferença, o especial: o abstrato. Achei pertinente e necessário utilizar uma fonte cerifada, que levasse consigo uma cerca espontaneidade misturada com subtileza. Que desse a ideia de inacabado, do “voltar com a mala cheia de histórias para contar”.

Desta forma tentei criar forma com as letras, dar expressividade a algumas palavras em detrimento de outras usando por isso o contraste de tamanhos. Na proposta colorida tentei “brincar” com as cores, para mostrar que dentro de cada ambiente continuam a haver diferentes posições. Assim, utilizei uma palete muito diversificada, investigando as imensas existentes no Illustrator.

Fiz uma analogia à viagem, simbolizando-a metaforicamente com um meio de transporte, habitualmente conhecido pelo tempo que demora: é lento, o que propicia a um clima, a um ambiente.

A tipografia, por muito mais complexa e elaborada que seja, tem de acabar por ser completa e coerente, de modo a ser entendida e a mensagem ser passada. Uma vez que o meu projeto não tem qualquer fim comercial, isto não será o mais importante: apesar de ter de ser coerente e coesa, está sujeita a diversas interpretações. É preciso saber colocar as letras, desenhá-las até criarem um impacto, ficarem visualmente agradáveis num todo.

Desta forma, concordo com Emil Ruder quando este afirma que “Typography has one plain duty before it and that is to convey information in writing. No argument or consideration can absolve typography from this duty.” É preciso saber como passar a informação. A boa tipografia sabe como fazê-lo.

Concluindo, penso ter cumprido os objetivos propostos, nomeadamente no que diz respeito à prática do Adobe Illustrator.